O Janeiro Verde é o mês de conscientização sobre o câncer de colo do útero, uma das neoplasias mais prevalentes entre as mulheres, mas que pode ser prevenida de forma eficaz. Apesar de ser altamente tratável quando diagnosticado precocemente, o câncer de colo do útero ainda representa um grande desafio de saúde pública.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 18.040 novos casos em 2025, com maior incidência nas regiões Norte e Nordeste. Este tipo de câncer ocupa o terceiro lugar em frequência entre as mulheres, ficando atrás apenas dos cânceres de mama e colorretal.
O que é o câncer de colo do útero?
O câncer de colo do útero é causado, em sua maioria, pela infecção persistente pelo HPV (Papilomavírus Humano). Este vírus, altamente transmissível, pode gerar alterações celulares que, se não tratadas, evoluem para um tumor maligno. Embora o HPV seja comum, a infecção geralmente é controlada pelo sistema imunológico. Casos mais graves ocorrem quando o vírus permanece no organismo por longos períodos.
Como prevenir o câncer de colo do útero?
1. Vacinação contra o HPV
A vacinação é a principal estratégia de prevenção. Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina protege contra os tipos mais oncogênicos do HPV:
Indicado para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
Também disponível para pessoas imunossuprimidas até os 45 anos.
A ampliação da cobertura vacinal é essencial para reduzir a incidência da doença no futuro.
2. Exame preventivo (Papanicolau)
O exame Papanicolau detecta lesões precursoras, permitindo tratamento antes da evolução para câncer. Segundo o INCA, mulheres de 25 a 64 anos devem realizar o exame regularmente, de preferência a cada três anos após dois exames consecutivos normais.
3. Acompanhamento médico
Para mulheres com fatores de risco, como histórico de múltiplos parceiros sexuais, tabagismo ou imunossupressão, o acompanhamento médico deve ser mais frequente.
Por que a prevenção é essencial?
Dados do INCA mostram que até 90% dos casos de câncer de colo do útero poderiam ser evitados com vacinação e exames preventivos regulares. Infelizmente, a desigualdade no acesso aos serviços de saúde ainda impede que muitas mulheres recebam diagnóstico precoce e tratamento adequado.