Segundo publicado na revista Nature Medicine, a imunoterapia foi capaz de combater a leucemia em pacientes que já haviam tentado sem sucesso outros tratamentos. A pesquisa, conduzida pelo Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos, é o mais recente avanço do tratamento em que o sistema imunológico do paciente é acionado para atacar o câncer.
A nova terapia modifica as células de defesa do tipo T. A novidade do tratamento é que elas são preparadas para atacar especificamente o antígeno CD 22, presente nas células cancerígenas.
Um antígeno é a parte doente das células que desperta a reação do sistema imunológico. Nas terapias genéticas testadas até agora, os cientistas tentavam a destruição do antígeno CD 19. O problema é que essa estrutura se perde naturalmente ao longo do tempo.
Como o CD 22 se mantém no organismo, o novo tratamento mirou essa estrutura em 21 crianças e adultos. O resultado é que 73% dos pacientes viram o tumor desaparecer, incluindo cinco pacientes que já haviam passado por testes que atacavam o CD 19.
Os cientistas chamam a atenção para o fato de que a doença só voltou nos pacientes em cujo tumor havia baixa densidade do CD 22. A conclusão indica a necessidade de grande concentração dessa estrutura para que a nova terapia tenha sucesso.