Após o tratamento oncológico muitas mulheres sentem a dúvida se podem ou não ter filhos. O medo do câncer voltar e afetar diretamente nos planos da gravidez, gera angústia em quem deseja ser mãe.
Uma série de fatores influenciam para saber se a mulher pode ou não ter o bebê. Se o tumor foi muito agressivo para o organismo, gerou alguma sequela, e existe chance de recidiva (reaparecimento de uma doença ou de um sintoma após a cura), pode interferir diretamente na gestação. A identificação do câncer de mama é um dos mais complicados, pois o seio passa por “alterações naturais”, ocasionando imprecisão no conhecimento de um possível tumor no exame físico. Nesse caso é recomendado a ultrassom que não utiliza radiação ionizante, para proteger a gestante.
A maior apreensão das mulheres em torno de tumores, são os ginecológicos. Em jovens no auge da fertilidade, tumores de vulva, ovário e endométrio, são raros. O câncer de colo de útero é o mais frequente e pode ser identificado cedo com o exame Papanicolau.
Se a mulher estiver grávida durante a descoberta do câncer, há tratamentos que podem ser feitos no decorrer da gravidez. A quimioterapia pode ser feita a partir do quarto mês. Um mês antes do nascimento, o tratamento precisa estar concluído ou ser interrompido. A radioterapia não é uma opção, pois a radiação pode ocasionar efeitos colaterais no bebê.
Até o momento não é possível saber qual período de tempo ideal para engravidar após a conclusão do tratamento oncológico. Oncologistas sugerem que após cinco anos sem manifestação do câncer, a chance de recidiva é menor.